Você já parou para pensar o que é que a culinária tibetana tem? É possível ter uma ideia visitando o primeiro restaurante tibetano do Brasil, que fica em Três Coroas – cidade da Serra Gaúcha, que também abriga um Templo Budista.
Pois foi num domingo desses, nubladinho com chuva, que nos animamos a sair para almoçar um pouquinho mais longe e descobrir, quem sabe, um sabor diferente. Será que teria carne de iaque? 😉
Chegamos cedo e isso foi ótimo, considerando que é necessário fazer reserva para não ter que passar por uma longa espera. Mas quem tiver que esperar pode ao menos curtir a área externa, com seus jardins, Budas e lindas vistas.
Já na recepção, o atendimento chama a atenção: somos tão bem recebidos que parece que chegamos na casa de amigos. Enquanto a nossa mesa não ficava pronta, fomos convidados a conhecer a lojinha de produtos budistas e depois a tomar um chazinho de gengibre nessa deliciosa varanda.
O restaurante é coloridíssimo (vejam só esse teto forrado de tecidos), com móveis de madeira e um astral gostoso, com direito a mantras e músicas típicas como trilha sonora.
Como todo restaurante temático que se preze, os atendentes vestem roupas típicas. O garçom apresenta o cardápio com sugestões – o que fica meio chatinho após ter ouvido ele “cantar” o cardápio para as mesas ao lado. Muito formal, sabe?
Optamos pela sugestão do dia. De entrada, Momos Flambados – trouxinhas tibetanas recheadas com carne, legumes e batatas, cozidas no vapor, salteadas na manteiga e com molhinho de manjericão. Delícia, lembram muito o guioza da culinária oriental.
Em seguida veio uma Salada Caprese. Ok, aqui saímos um pouco do Tibete… Uma salada com tomate, palmito, mussarela e muita (mas muita) azeitona. E molho de manjericão com nozes. Todas as opções de salada eram bem “normais”.
Como prato principal, escolhemos o Racha: pernil de cordeiro com molho de anis, arroz flambado na manteiga com castanhas picadas e gergelim preto, batatas cozidas com ervas e cenoura caramelada. Gostoso, sem ser excepcional.
Como ainda íamos pegar a estrada de volta, optamos por regar o almoço a coquetel de frutas, uma delícia.
De sobremesa, dividimos um Pudi – massa tibetana recheada com banana e maçã com uns fios de chocolate. Tipo os momos, mas não funcionou para sobremesa; massudo demais.
Por fim pedimos um café espresso, que levou uma eternidade para chegar à mesa, prejudicando o que até então era uma boa experiência de atendimento.
Para concluir, achamos a culinária gostosa, mas bem comum. Os preços são altos, especialmente se analisarmos alguns itens em separado (R$ 30 por uma tigelinha de salada e R$ 7 por um café). O movimento nesse restaurante está absurdo, provavelmente por isso os preços estão inflacionados. Valeu como experiência, mas não ansiamos por voltar lá tão cedo.
Maiores Informações:
Que legal, Pati!
Realmente um lugar bastante interessante, mas sem o apelo para fidelidade.
Beijo para vocês.