Nosso passeio a Downtown, ou Lower Manhattan, teve dois objetivos bem específicos: Estátua da Liberdade e Ponte do Brooklyn, ambos localizados no Financial District.
Mas Downtown não abrange somente o Centro Financeiro; a região abriga ainda os bairros de SoHo, Tribeca, Chinatown, Little Italy, West e East Village, entre outros. São bairros de características bem distintas que não pudemos apreciar desta vez.
Era no Financial District que estavam localizadas as Torres Gêmeas do World Trade Center. A visitação do Memorial que hoje existe por lá não é tão simples e requer planejamento; deve ser reservada pelo site e é sujeita à disponibilidade de datas e horários. Durante a nossa estada, a única data disponível era justamente na noite de Reveillon; por motivos óbvios abrimos mão da visita. Mas, de longe, registramos os progressos da construção da nova torre.
Essa nova torre terá 104 andares e quando concluída será o prédio mais alto dos EUA.
Mais adiante, no cruzamento entre a Wall Street e a Broadway, está a Trinity Church, uma igreja anglicana. Sua arquitetura é um exemplo clássico do estilo neogótico, similar ao de Westminster.
Nos ataques do 11 de setembro, muitas pessoas se refugiaram da imensa nuvem de pó dentro da igreja.
Numa proposta diferente, é possível se hospedar em prédios de antigos bancos. Foi o que nossos amigos, que também estavam em NYC, fizeram. O apartamento onde eles ficaram tem ótimo tamanho e decoração moderna e sofisticada. Eles puderam até visitar o antigo cofre do banco.
Em seguida encontramos dois outros dois ícones do Centro Financeiro.
A New York Stock Exchange é a maior Bolsa de Valores do mundo. Em estilo neoclássico, possui seis colunas coríntias na sua fachada, e no seu topo um frontão em mármore com esculturas em alto-relevo que representam a integridade protegendo o trabalho humano. O prédio é considerado monumento histórico.
O Charging Bull é um dos pontos turísticos mais difíceis de fotografar de todos os tempos. Os turistas disputam acirradamente cada metro quadrado ao redor da escultura em busca dos melhores ângulos para fotos ou para simplesmente tocá-lo, pois dizem que dá boa sorte para quem se aventura no mercado financeiro. Esculpido em bronze e pesando cerca de três toneladas, é o símbolo da força, do otimismo financeiro e da prosperidade.
Durante o movimento Occupy Wall Street, o touro foi cercado por grades e monitorado 24 horas por dia pela polícia. Todo o cuidado que o maior símbolo de Wall Street merece.
E finalmente chegamos ao Battery Park, que fica bem na pontinha sul da Ilha de Manhattan. A primeira coisa que avistamos é o memorial The Sphere, uma esfera de aço e bronze que originalmente estava na fonte do antigo World Trade Center, com uma pequena chama eterna ao lado.
Concebida pelo artista alemão Fritz Koenig como um símbolo de paz mundial, ela foi resgatada dos escombros das torres e colocada provisoriamente, sem nenhum restauro, no Battery Park. Uma ironia do destino. Hoje ela simboliza esperança e o espírito indestrutível do povo americano.
Nós vimos muitos turistas passando batido pelo monumento, pois realmente não é um lugar bonito. Mas ao avistarmos as guirlandas de flores aos pés da esfera, percebemos que havia algo de especial por ali.
É do Battery Park que saem os ferry-boats para a Estátua da Liberdade e Ellis Island, mais exatamente de Castle Clinton, um forte localizado junto ao parque que jamais cumpriu sua função, mas já serviu como centro de imigração e casa de ópera. Enquanto aguardamos na fila, apreciamos a atmosfera portuária do lugar.
Como quase tudo em cidades muito turísticas, é bom comprar com antecedência o ticket ou então utilizar o City-Pass, que garante uma redução no tempo de fila. Em tempo, o nível de segurança é similar ao de aeroporto, mas funciona bem.
Uma vez dentro do ferry, é bom dar preferência para a área externa para conseguir tirar boas fotos na aproximação com a estátua.
A travessia é curtinha e em seguida já desembarcamos na Liberty Island.
Podemos enfim conferir de perto os detalhes daquela que é uma das estátuas mais famosas do mundo. Em estilo neoclássico e da autoria do escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi, foi um presente da França para os EUA em 1886 para celebrar a fraternidade entre os dois países.
A altura total é de 93 metros. É possível subir até a coroa (com o devido planejamento, of course). Nós nos contentamos em ficar pela base mesmo, curtindo a única coisa que se tem para fazer na ilha: apreciar a vista.
Vale a pena o passeio. Olhar de perto a estátua tem outro significado. Antes de ir embora, uma rápida passada pela lojinha pega-turista que vende, é claro, miniaturas da estátua.
Tomamos o ferry de volta, mas antes ele faz uma parada em Ellis Island; a maioria das pessoas desce ali, mas nós seguimos de volta para Manhattan.
Do ferry admiramos o prédio principal, em estilo renascentista francês, que hoje abriga o Museu da Imigração; a ilha era antiga porta de entrada de imigrantes que vinham para a América. Também serviu de prisão durante a Segunda Guerra Mundial.
De volta ao Battery Park. Para nossa alegria, o céu começa a ficar mais azul.
Tomamos a rota em direção à Brooklyn Bridge.
Seguimos as placas a partir da estação e em alguns minutos já estamos sobre a ponte mais famosa e cultuada de NYC, que liga os distritos de Manhattan e Brooklyn.
Em estilo neogótico, foi a primeira ponte de aço suspensa do mundo e levou 13 anos para ser construída. Seu comprimento é de 1.864 metros, uma boa caminhada para quem quiser cruzá-la.
A sua construção teve um fato interessante: a maior parte dos trabalhos foram conduzidos por uma mulher, Emily Warren Roebling. Seu marido, o engenheiro encarregado da obra, adoeceu logo no início dos trabalhos e ela tornou-se responsável pela intermediação entre ele e os engenheiros, políticos e demais envolvidos. Ela dedicou-se tanto à empreitada, aprendendo inclusive cálculo, propriedades dos materiais e outros assuntos relativos à matéria, que muitos imaginaram que ela era o cérebro por trás dessa verdadeira obra de arte. Isso lá em 1870. Quanta fibra!
Fazemos algumas paradas para registrar a vista.
Quase chegando ao nosso destino, a indicação no chão não deixa dúvidas de que estamos na divisa oficial.
Chegando no Brooklyn, fazemos uma pausa para café num lugar que bem poderia ser cenário de Seinfeld. E tomamos nosso caminho de volta para Manhattan… dessa vez de metrô, pois andar mais dois quilômetros de volta não é brinquedo.
Quando voltarmos lá, faremos diferente. O ideal para este passeio é ir de metrô direto até o Brooklyn e descer próximo ao Brooklyn Bridge Park, de onde se pode registrar a vista clássica da ponte com o skyline de Manhattan ao fundo. Depois voltar a pé pela ponte, admirando a melhor vista. E de preferência, se não for pedir muito, que seja num fim de tarde!
Maiores Informações:
Isso aqui está cada dia melhor!
Maravilha de post.
E que fotos! Preciso de uma máquina como essa e muuuuuuuitas aulas.
Parabéns por mais esse espetáculo!
Sueli
Maravilha é ter uma leitora como você, e sempre tão gentil! Muito obrigada! Máquinas fotográficas temos quatro, uma digital simples, outra semi-profissional e dois smartphones. Ou seja, tem até foto de iPhone misturada aí! Tá valendo, rsrsrs!
Bj
Pati
Vocês estão colocando muitos programas de viagem no chinelo…
Opa! Sério mesmo? Esse elogio a gente adorou, hehehe!
Abraço
Pati
Fotos de tirar o chapeu, como sempre!
Cris!
Valeu, obrigada! Logo logo vocês vão aparecer por aqui, estou preparando o post com nossas aventuras gastronômicas! Há!
Bj
Pati
Show!!!!!
Obrigada! 🙂