Até ano passado, meu conhecimento da Costa Oeste dos EUA se limitava à Los Angeles. LA é uma das cidades mais superestimadas do mundo. Com Beverly Hills, Hollywood, etc., sua fama é muito maior do que a realidade. Mas a Costa Oeste, felizmente, é muito mais do que os imitadores de Michael Jackson e Charles Chaplin na frente do Teatro Chinês. A 550km ao norte, encontramos San Francisco. E que encontro feliz!
San Francisco tem uma “vibe” muito diferente das cidades norte-americanas convencionais. Tem uma personalidade própria e uma mistura de história, natureza, arquitetura, e dinheiro trazido pelo Vale do Silício.
Com pouquíssimo tempo para conhecer a cidade, descobri que vale a pena explorar SF à pé, desde que devidamente armado de disposição para encarar as lombas e um tênis confortável.
O ponto de partida é Union Square, na volta da qual encontra-se uma formidável seleção de lojas conhecidas, como Macy’s, Apple, Ferrari, Nike, Louis Vuitton, Dior e outras, para todos os gostos.
De lá, é possível caminhar algumas quadras até Grant Street, onde começa Chinatown, o maior e mais antigo bairro chinês dos EUA. O pórtico não deixa dúvidas de onde você está. Chinatown é quase que dois bairros em um. No primeiro, nas proximidades do pórtico, está a Chinatown dos turistas, colorida e enfeitada, com lojas vendendo tudo o que você possa imaginar.
Se você se aventurar pelas ruas paralelas, como a Stockton Street, e seguir para o norte, vai descobrir a Chinatown dos chineses. Restaurantes saídos do filme Blade Runner, lojas de produtos culinários que dão medo só de olhar, e que você jamais saberá o que são, pois todas as placas estão em chinês. Se você não sabe para que serve aquela pilha de coisas secas cheias de olhos e tentáculos, você está na loja errada, meu chapa.
Continuando pela rua, você subitamente sai da China e volta para a San Francisco de antigamente, com os sobrados de madeira com as suas bay windows. É a arquitetura mais marcante da cidade, completada pela visão dos cable cars.
No final da rua, você chega na baía, e no Pier 39, um dos lugares mais bacanas da cidade. Restaurantes, lojinhas, aquele clima de praia, e uma comunidade fixa de leões marinhos que chegam às centenas durante o verão, com a vista para a Golden Gate e Alcatraz. Não deixe de tomar a sopa de caranguejo servida no pão.
Sobrou perna ainda? Que bom, porque agora a volta é pelo caminho mais longo, para poder testar o fôlego subindo à pé a Russian Hill pela famosa Lombard Street. É uma das ruas mais sinuosas do mundo, para permitir que os carros consigam aguentar o seu gradiente de 27% de inclinação.
No meu caso, eu voltei à pé mais 2km até a Union Square, mas eu entendo se você preferir um cable car. A recompensa por tanto esforço pode ser uma refeição no Scala’s Bistro, dos Chefs Jen Biesty e Tim Nugent, ex-participantes do reality show Top Chef da Sony.
Na parte II, depois de um tempo para se recuperar de tanta caminhada, vamos conhecer os arredores de San Francisco, com as sequoias de Muir Woods e o charme de Sausalito.
Maiores informações:
Saudade imensa desse lugar! Uma das cidades mais aconchegantes que já conheci. Me apaixonei! Se tudo certo, ano que vem eu volto 🙂
E cadê suas jacuzices, hein? rs
Beijo
Oi Andreza
Engraçado você comentar justamente no post de San Francisco! Estamos indo pra lá na semana que vem. Marido já conhece e adora, no meu caso será a primeira vez. Ansiosa e curiosa para descobrir esse encanto que a cidade tem e que pega todo mundo de jeito!
Quanto às jacuzices, dei muuuuita risada lendo os posts de vocês e me inspirei! Estou separando as fotos, em breve!
Bjks e obrigada pela visita, adorei! 🙂
Pati